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Equipes da Rede NIT-APTA são capacitadas em busca em bases de patentes
Os gestores e equipe operacional da Rede dos Núcleos de Inovação
Tecnológica, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
(Rede NIT-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do
Estado de São Paulo, participaram de um curso de capacitação
para patentear as pesquisas desenvolvidas pelo órgão.
O painel foi ministrado por Janaína César, gerente de
propriedade intelectual da Inova/Unicamp. A busca de
anterioridade é importante para viabilizar a patente e evitar o
desperdício de recurso público para o depósito de uma tecnologia
que não poderá ser patenteada. Além disso, as bases são uma
importante fonte de informação para os projetos de pesquisa.
O curso, realizado em 14 e 15 de agosto de 2017, reuniu a equipe
dos NIT da APTA, Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico
(IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de
Tecnologia de Alimentos (ITAL), Instituto de Pesca (IP) e
Instituto de Zootecnia (IZ). Ao todo, 28 pessoas tiveram a
oportunidade de conhecer as principais bases de patente do
Brasil e do exterior e aprender a realizar a busca de forma
eficiente. O curso foi oferecido pela APTA e organizado pela
Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag).
Janaina explicou durante o treinamento que para a concessão de
uma patente é necessário que a tecnologia seja inédita no mundo,
daí a importância da busca de anterioridade nas bases, a fim de
se evitar o depósito de uma patente similar ao que já foi
depositado por outras empresas ou instituições de pesquisa. “Com
a busca, podemos verificar se de fato aquela tecnologia atende
aos requisitos de patenteabilidade, para não correr o risco de
proteger aquelas que já existem no estado da arte, o que requer
investimento financeiro e de tempo”, explicou.
Segundo ela, a busca em bases de patente é diferente do trabalho
rotineiro dos pesquisadores e das instituições de pesquisa, que
normalmente fazem a revisão dos projetos baseada em artigos
científicos. De acordo com a World Intellectual Property
Organization (Wipo), de 70% a 80% do conhecimento mais avançado
no estado da técnica está publicado em bases de patente. “Se
você deixar de acessar essas bases para a revisão no início do
projeto de pesquisa, seu trabalho provavelmente estará defasado.
A busca em bases de patente é importante para os NIT, mas também
aos pesquisadores, para evitar a duplicidade de pesquisa e se
avançar no conhecimento”, afirmou.
Durante o treinamento, Janaína ministrou aula teórica sobre as
buscas, apresentou os bancos de patente públicos do Brasil,
Estados Unidos e Japão. Na parte prática, os integrantes dos NIT
fizeram exercício de busca de tecnologias nas bases e puderam
trabalhar em casos reais.
Capacitação
O curso, de acordo com Luciana Teixeira, especialista em
inovação pela Fundepag, foi pensado justamente para que os NIT
comecem a disseminar dentro das instituições a importância dos
pesquisadores fazerem a busca nas bases de patente e também
capacitar às equipes dos Núcleos para fazer uma primeira busca,
assim que receberem os comunicados de invenção. “Como a Rede
NIT-APTA está começando a ser estruturada, pensamos em capacitar
toda a equipe para fazer uma primeira busca e se necessário
depois passar para um escritório especializado”, disse.
O pesquisador que integra o NIT-ITAL, Guilherme de Castilho
Queiroz, gostou do curso. “A capacitação ajudará bastante nas
pesquisas de anterioridade, classificação das áreas de patente,
busca em bases do Brasil, Estados Unidos e Japão e,
principalmente, nos procedimentos de busca”, contou.
Gisele Anne Camargo, diretora da Rede NIT-APTA, lembra que este
é o quarto curso de capacitação oferecida para os seis NIT que
compõem a rede. “Já realizamos também 11 workshops nas
instituições, a fim de fomentar a cultura de inovação”, afirmou.
Para a servidora Janice Aparecida de Paulo, que integra o
NIT-IAC, as capacitações são importantes, pois com a atual
estrutura dos NIT, é necessário que as equipes desenvolvam os
processos do início ao fim. “A qualificação para cada uma das
etapas vai melhorar a qualidade e otimizar nosso trabalho”,
disse.
Segundo Arnaldo Jardim, secretário de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, o estabelecimento dos NIT
e a nova legislação federal e estadual em inovação é um salto no
fomento ao agronegócio, pois normatiza os instrumentos jurídicos
que facilitam as relações entre os institutos e a sociedade,
assim como é praticado nos países que mais inovam no mundo, como
Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão. “A inovação tecnológica é
fundamental para o desenvolvimento e a independência econômica
de um País. A interação entre as instituições de pesquisa e a
iniciativa privada precisa de normas claras e fáceis para que os
novos produtos e processos sejam adotados pelo setor produtivo.
Um das diretrizes do governador Geraldo Alckmin é justamente
aproximarmos a pesquisa do setor de produção”, afirmou.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
(19) 2137-8933